"Imortais" de Vários

Edição/reimpressão: 2011

Páginas: 242

Editor: Edições Gailivro

ISBN: 9789895579082

Coleção: 1001 Mundos

Sinopse:

"Uma coleção de contos de Vampiros organizada pela P.C. Cast. As intervenientes são:

Rachel Caine regressa ao cenário da sua série de vampiros de Morganville, cidade onde mandam os vampiros e o amor é uma iniciativa de risco, mesmo quando se trata da própria família.
A autora de Tantalize, Cynthia Leitich Smith oferece-nos um triângulo amoroso entre um vampiro, um fantasma e uma rapariga humana que ninguém é o que parece ser.
Claudia Gray leva-nos ao mundo da sua série Evernight, em que uma futura concubina é alvo das atenções de um homem pálido e, de cabelo castanho, que pode ser demasiado perigoso, e de várias maneiras, quando é rejeitado.
A autora de Academia de Vampiros, Richelle Mead traz-nos a história de uma jovem vampira que está a fugir da sua espécie e do rapaz humano que põe à sua disposição o carro em que ela pode escapar… e um motivo para continuar a fugir.
Nancy Holder autora da série Wicked, leva-nos a uma Nova Iorque pós-apocalíptica onde dois grandes amigos são obrigados a tomar uma decisão que pode matá-los.
Rachel Vincent explora um novo ângulo da sua série Soul Screamers com a história de uma leanan sidhe capaz de inspirar o músico que ama e de aumentar a sua criatividade… secando-o.
A celebrada autora de histórias fantásticas, Tanith Lee mostra-nos o que acontece quando uma jovem inteligente e com alguns conhecimentos sobrenaturais encontra um jovem vampiro desorientado (mas encantador).
E Kristin Cast, coautora da série House of Night, apresenta-nos a uma nova espécie de vampiro, com raízes na mitologia grega e o poder de alterar o espaço e o tempo para salvar a rapariga que o destino quer que ele ame."

Opinião:

"Imortais" é tudo menos uma obra de PC Cast, pois esta apenas se encarrega da introdução, onde nos apresenta as diversas escritoras e nos possibilita uma antevisão do que vamos ler.

"Imortais" é uma colectânea de contos vampíricos de diversas autoras, por nós bem conhecidas.

Fiquem a saber o que penso, de conto a conto:

"Amor de Fantasma" de Cynthia Leitich Smith

Opinião:

Cody sempre fora um solitário e bem discreto. 

Com a sua habitual discrição, oculta a sua verdadeira natureza, mas quanto à solidão tudo muda, quando decide reabrir o velho cinema local, onde conhece Ginny e Sonia.

Cynthia Leitich Smith traz-nos um curto mas doce conto sobre o amor à primeira vista, que consegue subsistir nas circunstâncias mais bizarras.

Embora tudo aconteça de forma deveras rápida e a estória não seja de grande destaque, foi uma leitura agradável e adequada à faixa etária a que se destina.

"Da Cor do Âmbar" de Kristin Cast

Opinião:

Mitologia grega, ora ai está um tema que me entusiasma e pelo qual a minha curiosidade nunca esgota!

Alek é enviado pelas suas três mães, as Fúrias, para uma missão.

Nessa missão, Alek inicia Jenna numa nova vida como vampira exterminadora de demónios, protegendo-a e amando-a.

O que tinha tudo para ser uma estória inesquecível, concretizou-se como algo vulgar, devido à escrita e personagens infantis, ao estilo da protagonista da saga "Casa da Noite".

O final é feliz, mas demasiado precipitado e forçado.

"O Morto, o Meu Pai e Eu" de Rachel Caine

Opinião: 

Embora conheça, de forma diminuta, os vampiros de Morganville graças à série televisiva, nunca antes lera algo da autora Rachel Caine, com a qual fiquei muito bem impressionada neste pequeno conto.

Como já referi, este conceito de estórias curtas, ou seja, contos, não é algo que me agrade particularmente, mas Caine fez-me ver que toda a regra tem excepção.

Com uma escrita bem mais madura do que esperava, com imensa acção e sentimentalismo q.b., juntando uma dose moderada mas suficiente de romantismo, e torna-se a receita perfeita para o sucesso!

Mesmo com limitação de páginas, a autora conseguiu criar uma estória bem desenvolvida, com princípio, meio e fim.

Após "O Morto, o Meu Pai e Eu", terei mesmo de conhecer mais do trabalho de Rachel Caine, e acima de tudo, conhecer melhor essa sociedade insólita de nome Morganville.

"Boas Maneiras" de Tanith Lee

Opinião:

Tanith Lee apresenta-nos um novo tipo de vampiro, em que o mesmo é produto da genética e não da troca de sangue.

Anghel e Lel conhecem-se num baile, quando o primeiro buscava a sua refeição da noite, mas Lel, uma vampira também, apercebe-se das intenções do vampiro, e tenta levá-lo à razão. Este interpreta Lel como uma ameaça e foge.

Uns dias depois do sucedido, Lel volta a casa e dá de caras com Anghel, que acabou por procurar o pai da jovem vampira para o ajudar a manter a sua sanidade, e que o elucida sobre o que é ser-se um vampiro, e não um monstro.

Foi-me difícil recordar que Lel tinha 18 anos e não 15, pelas suas reacções e pensamentos juvenis.

Anghel é uma personagem interessante, pois debaixo da máscara fria, existe alguém confuso e vulnerável na busca da salvação.

Um conto pouco desenvolvido e superficial, mas fácil de ler e entender.

"Lua Azul" de Richelle Mead

Opinião:

Confesso que sou uma leitora acérrima de Richelle Mead, adorando a sua famosa saga de vampiros.

O brilhantismo da autora reflecte-se neste conto que tanto me agradou.

Lucy é uma vampira que tem uma profecia mortífera a cumprir, e por isso, tanto humanos como vampiros a querem capturar.

Nathan, um humano, salva Lucy da sua própria família e dos humanos que a perseguem.

Atraídos mutuamente, mas sem saberem porquê, ambos fogem e mantêm-se unidos, até que se torna claro para Lucy o porquê de tal familiaridade entre os dois: Nathan também faz parte da ditas profecia, unido-os para sempre.

Com muita acção, este conto impressionou-me.

Personagens bem estruturadas.

Uma estória bem desenvolvida e cativante.

Apenas pecou pela deficiente correcção ortográfica.

"Transformação" de Nancy Holder

Opinião:

Embora o título sugira a transformação de humano para vampiro, a estória não se foca nesse momento.

Sim, os vampiros estão presentes, mas é Jilly, uma jovem humana de 16 anos e apaixonado pelo melhor amigo gay, que dá o verdadeiro significado ao título do conto.

Nancy Holder surpreendeu-me com uma escrita adulta e aditiva, que desromantiza a ideia actual de vampiro, mostrando-os como seres cruéis, mortíferos e assustadores.

Tive pena de Jilly e pelo seu amor não correspondido, pelo menos não na mesma medida, mas fiquei satisfeita com o fim da sua estória.

A correcção ortográfica mantém-se como um ponto negativo nestes contos.

"Voragem" de Rachel Vicent

Opinião:

Espectacular!

Rachel Vicente era-me desconhecida até "Voragem", mas em poucas páginas tornou-me numa seguidora.

A estória é deveras envolvente, assim como as personagens"
Mallory e Andi são, realmente, peças únicas, e embora diferentes e atraentes, estão condenadas a uma vida de solidão e na qual o que mais querem, pode matar quem mais querem.

Uma estória cativante desde o início, bem estruturada e desenvolvida... Fascinante!

"Livre" de Claudia Gray

Opinião:

Em "Livre", Claudia Gray conta-nos a estória de Patrice, uma das personagens da saga Evernight.

Patrice sonhava ficar com o seu amado Amos, planeando entregar-se ao mesmo na noite do seu primeiro baile, mas devido a um vampiro cruel, tudo muda.. Amos morre e Patrice, contrariando o destino, aceita tornar-se vampira às mãos de Julien, o que matou Amos.

Mas, aq lealdade de Patrice não se alterou, e decide dar a Julien o fim merecido.

Patrice é uma jovem de quinze anos com ideias bem adultas devido à educação que teve, sendo normal para a mesma, com apenas quinze anos, tornar-se a amante de um branco rico.

Inteligente e astuta, engana Julien e torna-se livre.

O final foi imprevisível, pois esperava que Gray trouxesse Amos de volta, mas em vez disso, a vampira conquistou a sua liberdade eterna.

Uma leitura interessante e que proporciona um bom momento de entretenimento.

De uma forma geral, "Imortais" não é nada inovador ou de total cativação, mas entretém os leitores que apreciam a febre vampírica da actualidade.

Situações como a ortografia são pontos negativos.

Não sou amante de contos, e após a leitura, a opinião pouco se alterou, mas como já referi anteriormente, a excepção faz a regra!