sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Gradiva lança Utopias em Dói Menor


Utopias em Dói Menor - Conversas transatlânticas com Onésimo
João Maurício Brás e Onésimo Teotónio Almeida
Prefácio de Carlos Fiolhais  .  
Posfácio de José Eduardo Franco
Fora de Colecção . 320 pp. PVP .  € 14,50

Da autoria de Onésimo Teotónio Almeida e João Maurício Brás, Utopias em Dói Menor - Conversas Transatlânticas com Onésimo de João Maurício Brás e Onésimo Teotónio Almeida, é o resultado de uma longa conversa entre um grande pensador, Onésimo Teotónio Almeida, Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros e no Wayland Collegium for Liberal Learning da Universidade de Brown, e um «entrevistador» ideal, João Maurício Brás, doutorado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa e investigador no CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

Tendo “tropeçado” por acaso na obra filosófica de Onésimo Teotónio Almeida, João Maurício Brás decidiu aprofundar a sua leitura tendo iniciado uma prolífica troca transatlântica de ideias com o Professor da Universidade de Brown que resultou, depois de dois anos, no livro que agora se publica. Um livro que consubstancia uma relação mestre/discípulo em que o discípulo, ainda que não concordando com algumas das “posições de fundo” de Onésimo Teotónio Almeida, não esconde o fascínio, “o espanto e admiração” pelo seu pensamento, fascínio esse que se depara com a surpresa de Onésimo Teotónio Almeida que insiste em sublinhar a sorte que teve ao encontrar um leitor atento e interessado da sua obra, João Maurício Brás, que define como - “(…) uma dessas terminações de bilhetes de lotaria que não comprei”.

Portugal e os seus mitos, o perigo das utopias, a história e filosofia da ciência, a ética, a modernidade, a ausência de certezas no futuro são apenas alguns dos temas abordados nesta conversa transatlântica, que se alarga por caminhos transversais onde a questão da modernidade ocupa um lugar proeminente. Em torno dela, são revisitados - sempre com a consciência de se tratar de uma conversação e não de um tratamento académico e exaustivo - alguns problemas fundamentais contemporâneos, nomeadamente de valores, ideologias e mundividências, sem nunca se perder de vista a respectiva dimensão pragmática

Um livro que é um diálogo vive sempre de duas pessoas. Se uma só pergunta e outra só responde, nem por isso deixa de ser diálogo. Mas apenas um perguntador atento e bem informado consegue colocar a este nível uma conversa internacional que resultou num livro singular que nos permite saber melhor quem somos, o que nos permitirá saber melhor para onde ir.
Como refere António Rodrigues numa crítica ao livro publicada no suplemento Ípsilon do jornal Público (23-11-2012) - «O pensamento de Onésimo Teotónio de Almeida está tão vivo quanto o próprio e confunde-se com a sua biografia; o que estuda, o que pensa, o que escreve é Onésimo. Assim de simples: “Começo sempre pelo princípio e pela base, seguindo a máxima empírica, de intenções pragmáticas, do meu grande professor, o maestro Edmundo de Oliveira: ''As couves nascem do chão''.».





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