quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"Cinzas da Meia-Noite" de Lara Adrian [OPINIÃO]


Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 330
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897260384

Sinopse:

Quando cai a noite, Claire Roth foge de casa, impelida por uma feroz ameaça que parece ter saído do próprio inferno. Então, de entre as chamas e as cinzas, aparece um guerreiro vampiro. Ele é Andreas Reichen, o seu antigo amante, agora um estranho consumido pela vingança. Apanhada no fogo cruzado, Claire não pode escapar da sua fúria selvagem, nem da fome que a arrasta para o seu mundo de eterna escuridão e infinito prazer. Nada impedirá Andreas de destruir o vampiro responsável pelo massacre dos seus irmãos de Raça… mesmo que isso signifique utilizar a ex-amante como isco na sua missão mortífera. Ligada pelo sangue ao seu perigoso adversário, Claire pode conduzir Andreas até ao inimigo que ele procura, mas é um caminho repleto de perigos… e de profundos e inesperados prazeres. Pois Claire é a única mulher que Andreas não deve desejar, e a única que amou. Inicia-se assim uma perigosa sedução que dilui a linha que separa presa e predador e aviva as chamas de uma ardente paixão que pode consumir tudo no seu caminho...

Opinião:

Dois ex-amantes protagonizam o sexto volume da saga Raça da Meia-Noite de Lara Adrian, que nos chega pela chancela da Quinta Essência.
Um deles é o já nosso conhecido, Andreas Reichen, o grande aliado europeu da Ordem, que vê o seu Refúgio, em Berlim, dizimado por um velho inimigo, Wilhelm Roth. Depois, temos Claire... Roth, sim, isso mesmo, a fêmea é a Companheira de Raça do temível inimigo de Andreas, mas, como sabemos, as aparências iludem, e o desaparecimento sem explicações de Andreas trinta anos atrás, foi o grande impulsionador para que Claire entrasse numa relação de fachada com Roth.
Embora apaixonado por Claire, Andreas achou por bem afastar-se dela quatro meses após conhecer a fêmea, pois havia descoberto um grande segredo sobre si mesmo, e tinha medo que esse segredo destruísse a mulher que tanto amava.
Com o recente ataque ao seu Refúgio, Andreas é dado como morto, e a última pessoa que Claire espera ver quando lhe é dado ordens que se dirija para uma casa segura, mas o coração fala mais alto, e embora o seu ex-amante se mostre relutante e agressivo com ela, a fêmea não o abandona.
Com o passar dos dias, Claire fica a conhecer a identidade maléfica de Wilhelm, enquanto a chamar entre Reichen e a fêmea se reacende.
Mas vinculada a Roth, como conseguirá Claire unir-se a Andreas?
E o terrível segredo que o alemão guarda, será ou não um entrave à relação?
Será Andreas capaz de levar a cabo a sua vingança, mesmo que isso lhe custe a devoção de Claire, e, quiçá, a sua própria vida?
Com uma premissa tão interessante, "Cinzas da Meia-Noite" tinha tudo para o sucesso, e após a sua leitura, posso afirmar com confiança, que não desilude!
Desde que conhecera Andreas, que imediatamente me entusiasmei com este macho alemão. Embora não pertencendo directamente à Ordem, sempre fora um forte aliado, com grande senso de honra e, acima de tudo, muito charmoso e atraente.
Para quem segue a saga, conhece Andreas como um pecaminoso mas honroso macho, que encanta todo o público feminino com as suas maneiras e ar misterioso, mas, neste livro, conhecemos um lado do alemão que havia estado ocultado durante décadas, vindo ao de cima, após a tragédia impulsionada pelo seu velho inimigo Wilhelm Roth.
Roth é implacável e movido por uma tola vingança contra Andreas Reichen, estando disposto a usar tudo o que possa contra o alemão, incluindo Claire.
Claire nunca esquecera Andreas, mas habituara-se à sua vida solitária, tendo como única alegria, o trabalho que desenvolve para a comunidade vampiríca alemã.
Embora não sendo a minha Companheira da Raça preferida, portou-se muito bem e este à altura de Andreas, mostrando-se forte tanto física como emocionalmente, assim como determinada e perseverante, não deixando que nada nem ninguém alterasse os seus planos e vontade.
Andreas é selvagem e duro neste livro, mas não menos viciante, embora eu tenha sentido falta do seu habitual charme.
Claire é dura e corajosa, e não poderia ser diferente, para conseguir acompanhar este macho descontrolado.
O alemão e a fêmea são um casal diferente, mas provável e com muito potencial, muito bem explorado pela astuta autora, que não deixa pormenores pendentes, e é sempre muito atenta ao pormenor.
Não posso deixar de referir que adorei este lado afectuoso de Tegan, o meu guerreiro favorito! Tegan aparenta ser duro e distante, mas desde que Elise entrou na sua vida, que Tegan mudou, e para bem melhor. Tegan mostra-se preocupado com o seu amigo Andreas, e chega a pôr a sua vida em risco para cumprir a promessa que fizera ao amigo... um macho de valor, sem dúvida!
"Cinzas da Meia-Noite" pode ser o sexto da saga, mas não é por isso que se torna aborrecido ou "mais do mesmo", pois esta estória é bem diferente do que já nos fora apresentado nos úiltimos cinco livros.
A escrita continua no mesmo registo de sempre, fácil e fluída, com muito romance e sensualidade, assim como alguma força bruta à mistura, resultando num enredo bem construído e emocionante.
Depois de Andreas, vem Kade, e embora ainda pouco conheça este guerreiro, mal posso esperar por mais desta Raça da Meia-Noite!