segunda-feira, 31 de março de 2014

"Insurgente" de Veronica Roth [OPINIÃO]

Edição: 2014

Págs.: 376

Editor: Porto Editora

ISBN: 9789720043825
Sinopse:
A tua escolha pode transformar-te - ou destruir-te. Mas qualquer escolha implica consequências, e à medida que as várias fações começam a insurgir-se, Tris Prior precisa de continuar a lutar pelos que ama - e por ela própria.

O dia da iniciação de Tris devia ter sido marcado pela celebração com a fação escolhida. No entanto, o dia termina da pior forma possível. À medida que o conflito entre as diferentes fações e as ideologias de cada uma se agita, a guerra parece ser inevitável. Escolher é cada vez mais incontornável... e fatal.

Transformada pelas próprias decisões mas ainda assombrada pela dor e pela culpa, Tris terá de aceitar em pleno o seu estatuto de Divergente, mesmo que não compreenda completamente o que poderá vir a perder. 
Opinião: 

"Insurgente" é o segundo volume da trilogia best-seller, e agora adaptada para o cinema, de Veronica Roth.
Para os que ainda não tiveram o prazer de conhecer este fenómeno da literatura distópica, aqui fica a opinião do LNOE sobre o primeiro livro: "Divergente" 
Tris sobrevive à iniciação e torna-se numa intrépida, mas o que seria um acontecimento de grande entusiasmo, transforma-se no caos, e a guerra aproxima-se!
Ser divergente nunca fora tão perigoso, agora que os Eruditos reconheceram a sua existência, e iniciaram a sua caça.
A revolução está instaurada. Os Eruditos e os Intrépidos uniram-se na caça aos divergentes, estando dispostos a eliminar todos os que se intrometam nos seus caminhos, mesmo que para isso tenham de eliminar e ameaçar as outras facções!
Tris e Quatro têm uma grande luta pela frente, contando com novos aliados e novos inimigos.
Se o primeiro livro foi rápido de ser lido, "Insurgente" supera o ritmo do seu antecessor! 

As máscaras caem, dando lugar a um ambiente hostil e autoritário, onde uma mão de ferro abusiva tenta manter o seu poleiro, através da violência. 

Não é só o meio envolvente que está em mudança, Tris também se modifica. Atormentada pelas acções do passado, está decidida a tornar-se numa mártir em prol da salvação da sociedade, mas será essa a única solução possível? Passará a salvação pelo derradeiro sacrifício, pela morte?Será Tris, movida pelo sentimento de culpa que a corrói, levando-a a actos de impulsividade e tolos, justificando-os com a sua inata faceta altruísta, que apesar de existente, é toldada pelas emoções e dilemas vividos pela jovem?

Para além da sua batalha interna, na sua modificação de Beatrice Prior dos Abnegados, para Tris dos Intrépidos, a jovem de dezasseis anos enfrenta obstáculos na sua relação com Quatro. As suas opiniões divergem, e os segredos acumulam, criando tensão entre os casal, que apesar de muito apaixonado, vêm certas dúvidas e conflitos a enevoar a sua relação.

Tris amadurece, deixando a ingenuidade para trás, tornando-se numa plena adulta com apenas dezasseis anos.

Quatro mantém o seu estatuto de herói, mas também questionamos o seus discernimento, que devido a novas descobertas e a segredos não revelados, se manifesta dúbio e cujas intenções reais poderão estar mascaradas pelas emoções. Mesmo fazendo parte do casal protagonista, neste segundo livro, Quatro mantém-se à parte, tendo um papel relevante, como sempre, mas de uma forma mais dissimulada e secundária.

Se em "Divergente", as personagens secundárias com maior relevância foram os Iniciados Transferidos, em "Insurgente", são os Iniciados Intrépidos do grupo de Tris, que forma o seu grupo de amigos mais chegado, auxiliando a protagonista nos seus planos.  

Veronica Roth conseguiu aumentar ainda mais a fasquia com "Insurgente"!

O segundo volume da trilogia é mais cru, mais duro, mais violento e mais psicológico, mexendo com os sentidos e emoções do leitor.

A escrita mantém-se simples e acessível, mas a um ritmo de leitura frenético, e para o qual precisamos de dispensar toda a nossa atenção, para o conseguirmos acompanhar.

"Insurgente" é fenomenal, até no final. Um final aberto, que gera o pânico nas personagens, e a curiosidade intensa nos leitores.

Depois de dois excelentes livros, mal posso esperar por ler "Convergente". 

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