Edição: 2015
Págs.: 352
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892329239
Colecção: Série Bridgerton #6
Sinopse:
Libertino. Devasso. Debochado. Três adjetivos que podiam descrever Michael Stirling na perfeição. Bem conhecido nas festas londrinas, quer desempenhasse o papel de sedutor ou o papel de seduzido, uma coisa era certa: nunca entregava o coração. Ele teria até acrescentado a palavra "pecador" ao seu cartão de visita se não achasse que isso mataria a pobre mãe.
Mas ninguém é imune ao amor. Quando a seta de cupido atinge Michael, dá início a uma longa e tortuosa paixão - pois o alvo dos seus afetos, Francesca Bridgerton, tem casamento marcado com o seu primo.
Mas isso foi antes. Agora, Francesca está novamente livre. Infelizmente, ela vê Michael apenas como um ombro amigo - até à fatídica noite em que lhe cai inocentemente nos braços, e a paixão se revela mais poderosa e intensa do que o mais perverso dos segredos…
Opinião:
"A Bela e O Vilão" é o sexto volume da divertida e sensual série Bridgerton, da nossa querida autora, Julia Quinn, sendo o livro de Francesca, a mais calma e recatada dos Brigderton, e do primo do seu falecido marido, o novo conde de Kilmartin, Michael Stirling.
Antes de me embrenhar por entre as madeixas deste romance, recordo-vos as opiniões dos volumes I, II, IV e V já aqui no blogue: "Crónicas de Paixões & Caprichos", "Peripécias do Coração" , "A Grande Revelação" e "Para Sir Phillip com Amor".
Estava ansiosa por ler a estória da Francesca. Ao longo dos cinco livros que a antecederam, temos "ouvido" falar da condessa, mas tal como a sua própria natureza reservada, Francesca é mantida um pouco em sigilo pela autora, uma estratégia que só aguça o apetite do leitor!
É difícil inovar num género literário em que a fórmula é sempre a mesma, até porque resulta e em equipa vencedora não se mexe, correcto? Mas Quinn muda as regras do jogo com este casal. Francesca não é a típica virgem ou solteirona, é uma condessa viúva, embora ainda jovem. Por outro lado, Michael é chamado de libertino, o que parece estar num passado muito remoto, dado que temos pouco ou nenhum contacto com essa sua faceta. Michael é apaixonado por Francesca desde que esta se casou com o seu falecido primo, John, e "A Bela e o Vilão" é isso mesmo, uma história de amor platónico que se torna realidade.
Gosto bastante de Francesca e da sua personalidade, tal como compreendo todo o seu dilema ao longo da trama. A jovem viúva é uma pessoa íntegra e de bons costumes, uma verdadeira Bridgerton, que vê o seu mundo virado do avesso quando se apercebe que o seu melhor amigo, Michael, está destinado a ser-lhe algo mais.
Também apreciei Michael. O novo conde é engraçado em todo o seu desespero por Francesca, transparente nas suas intenções, mesmo quando pensa que as sabe disfarçar, e demasiado frontal e verdadeiro para cortejar a sua amada com truques e conversas idílicas, até porque estes dois conhecem-se bem, e encarar Francesca como uma jovem debutante de cabeça oca seria "a morte do artista".
A dinâmica do casal é deveras sensual, o mais sexy até hoje, muito devido à maturidade sexual da protagonista, que não se limita a ser uma mera espectadora!
Penso que faltou trabalhar a passagem da amizade para o amor, pois a autora aborda a questão de forma demasiado carnal (à qual nada me oponho, tendo em conta o dom para a escrita erótica de Quinn), mas que é demasiado abrupta para uma linda amizade como a de Francesca e Michael.
"A Bela e o Vilão" encantou-me, não só pelo habitual humor incutido pela autora, e pelas suas cenas bem sensuais, mas também por marcar a diferença e nos trazer uma estória diferente da fórmula pré-existente, considero mesmo um romace "fora da caixa" e que agradará imensos leitores, tal como me agradou a mim.
Umas boas gargalhadas e momentos fogosos, a par de dois personagens caricatos, cujas personalidades logo cativam o leitor, tudo aliado a uma escrita fluída e floreada q.b., com o soberbo cunho pessoal de Julia Quinn.
Depois de "A Bela e o Vilão" conto os dias para os dois últimos volumes.
E já agora, o que é feito da querida e perspicaz Lady Whistledown?
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