quinta-feira, 3 de abril de 2014

"Convergente" de Veronica Roth [OPINIÃO]

Edição: 2014
Págs.: 416
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720043832
 
 
Sinopse:
 
Uma escolha
Pode transformar-te
Uma escolha
Pode destruir-te
Uma escolha
Vai definir-te

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída - dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.
Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.
Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente, encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente. 

Opinião:

"Convergente" é o último livro da trilogia de Veronica Roth, sendo o fim de uma era, e é com muito carinho pela estória e pelas suas personagens, que me despeço com enorme saudade e tristeza.

Para que possam satisfazer um pouco da vossa curiosidade, deixo-vos as opiniões relativas ao primeiro e segundo volume: "Divergente" e "Insurgente" (carregar nos links).

O mundo como Tris conhecia acabou.

O clima (aparente) de paz entre facções terminou, e todos os podres vieram à mó de cima, trazendo com eles personalidades corrompidas pela falta de valores, pela ignorância, e pela sede de poder.

A revolução está instalada e cabe a Tris, Tobias e aos seus amigos travarem-na! O que não é tarefa fácil, envolvendo demasiados riscos, demasiadas decisões, e responsabilidades impostas a estes jovens que, literalmente, carregam o mundo às costas.

Vivendo num clima de instabilidade e desconfiança, onde parece que existe sempre uma intenção secundária em todos os actos realizados, o jovem casal, apesar da sua força, deixa-se levar pelo ambiente que os rodeia, em que a traição e o egoísmo fazem a sua marca.
Com o encargo e missão de proteger o mundo que agora conhecem, conseguirão Tris e Tobias cumprir o seu objectivo?

Depois de ler "Convergente", tive de pousá-lo e tirar um tempo só para mim, de forma a conseguir avaliar correctamente os meus sentimentos perante esta leitura.

Como podem constatar pelas opiniões dos primeiros dois livros, sou uma fã incondicional do mundo divergente de Veronica Roth, e apesar de todas as lágrimas que a autora me arrancou neste último volume, o meu gosto pela sua sociedade distópica mantém-se.

É difícil dissociar o "gosto" do "raciocínio", mas passando o choque, foi-me bastante fácil fazer esse discernimento, não me deixando toldar pela tristeza.

Não me alargarei a explicar o significado dessa tristeza, pois "Convergente" merece ser lido e saboreado por cada um de nós, mas aconselho, a todos os leitores, a manterem uma mente aberta e a lembrarem-se que distopias não são puros romances YA... e mais não digo!

Entre muitas lágrimas, acabei este livro com um pequeno sorriso na cara, pois apesar de tudo, de toda a conspiração, violência, desconfiança e imoralidade, Veronica Roth deu-me uma grande lição de vida, marcando Tris, para sempre, na minha memória e coração.

Sei que poucas distopias li até hoje, mas posso garantir-vos que a trilogia Divergente será, para sempre, uma das obras do género que nunca sairá do meu top de leituras!

Felicito a autora pelo seu compromisso para com a trama e, acima de tudo, para com as personagens, afinal, quem melhor que ela para transportar para o papel um final tão significativo e certo? 

Obrigada Veronica Roth, por não ceder às expectativas das massas, escrevendo o final mais apropriado e correcto (e com isto não digo que é o mais agradável!).

Sei que me estou a demorar no impacto que este final teve em mim, mas é impossível não o fazer, e espero que me entendam, após a leitura.

Tris e Tobias, o que dizer destes dois?

Tris evolui exponencialmente! De iniciada ingénua, mas promissora, no primeiro livro, passando pela fase do desejo suicidada camuflado pelo (parcialmente) falso altruísmo no segundo livro, culminando no equilibro perfeito entre uma abnegada e uma intrépida, fazendo jus aos sacrifícios dos seus pais! Afinal, quem sai aos seus, não degenera!

Tobias assume um novo papel de relevância em "Convergente", tanto pela sua presença como narrador, pela primeira vez, como que pela sua influência e tomadas de decisões que condicionam toda a acção.
Foi frustrante e viciante ao mesmo tempo, assistir ao crescimento de Tobias, tal como, assistir a todo o seu sofrimento (e sim, eu sofri contigo Tobias, até ao último momento, até à última lágrima!).

Em relação a todas as outras personagens: parabéns Veronica Roth, são geniais e tão bem pensadas que chega a ser surreal! Todos são peões neste jogo, e todos contribuem, à sua maneira, para o desenrolar da estória e do drama.

"Convergente" é de leitura rápida e frenética, até chegarmos aos últimos capítulos, onde nada nos consegue apressar, enquanto passamos por uma panóplia de sentimentos controversos, que assinalam o final deste mundo!

Veronica Roth conseguiu alcançar um patamar de topo tal, que se a autora não escrever mais nada, não a tornará em mais uma esquecida, pois será, por várias gerações, conhecida como a mente brilhante que criou uma obra distópica de excelência.

Que "Convergente" tenha em vocês, leitores, o mesmo efeito que teve em mim!
 

2 comentários:

  1. Não consegui ainda chegar no ponto de entender o porquê do final, talvez seja pq acabei de terminar de lê-lo e ainda choro quando lembro do final e de toda a historia desde Divergente, mas sei q um dia entederei e admirarei a autora por sua audácia ao escrever este final... Porem concordo com vc, esta distopia nunca sera esquecida

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  2. Não consegui ainda chegar no ponto de entender o porquê do final, talvez seja pq acabei de terminar de lê-lo e ainda choro quando lembro do final e de toda a historia desde Divergente, mas sei q um dia entederei e admirarei a autora por sua audácia ao escrever este final... Porem concordo com vc, esta distopia nunca sera esquecida

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