"Cadáver Trocista" de Laurell K. Hamilton

Edição/reimpressão: 2011

Páginas: 320

Editor: Edições Asa

ISBN: 9789895578481

Coleção: 1001 Mundos

Sinopse:

"O segundo livro de Anita Blake, a Caçadora de Vampiros.
Algum tempo depois estava numa pequena plataforma elevada, de frente para um semi-círculo quase perfeito de espelhos. Com sapatos de salto alto cor-de-rosa a condizer, o vestido de dama de honor tinha o comprimento ideal. Tinha também pequenas mangas tufadas e era descaído nos ombros, revelando quase todas as minhas cicatrizes. Um vampiro partira-me a clavícula e o braço esquerdo, ao morder-me. Tinha também a marca de uma queimadura em forma de cruz, no antebraço esquerdo. Parecia a noiva do Frankenstein num baile de finalistas. Catherine, a noiva propriamente dita, não concordava. Achava que eu merecia estar no casamento por sermos boas amigas e eu estava a gastar uma boa maquia para sofrer uma humilhação pública. De facto, devíamos ser boas amigas…"

Opinião:

Neste segundo livro da saga de Anita Blake, a famosa Executora mete-se novamente em sarilhos, mas desta vez o inimigo não é vampiro, mas sim alguém da raça da nossa forte e heróica protagonista.

Com muita acção, bastante diversa, suspense e combates/lutas bastante explícitas,torna-se uma leitura rica, entusiasta e que nos prende no primeiro momento.

Se com a sinopse, pensava, tal como eu, que tudo se desenrolaria ao redor do casamento da melhor amiga de Anita, Catherine, desengane-se, pois poucas são as referências ao festivo evento.

Fiquei desiludida com a interacção entre Anita e o novo Mestre da Cidade, Jean-Claude. Visto que Anita é a sua suposta, serva humana, que se opõe permanentemente ao rótulo, pensei que o vampiro se tornasse mais perseverante e, quiçá, tentasse uma aproximação através de uma perseguição persistente, usando a atracção (ou algo mais) existente entre os dois. No entanto, Jean-Claude mostrou-se demasiado compassivo e fraco. 

Espero que seja no próximo livro que a animadora se decida, finalmente, a aceitar o convite para dançar do galante vampiro.

Com dois novos inimigos, bem cruéis e dispostos a tudo para conseguirem o que querem de Anita, presenciamos algumas cenas de violência bem reais e descritas, que possam ser talvez impressionantes para alguns leitores, mas confesso que embora aterrorizantes, me agradaram bastante, pois mostraram um pouco mais o que é ser Anita Blake, a Executora, a Animadora, e agora a Necromante.

Velhas amizades dão origem a desconfianças, fazendo Anita desconfiar dos que lhe são mais chegados, colocando-se em dúvida a si própria e a todos  que a rodeiam.

Quanto à tão aclamada má ortografia do primeiro volume, asseguro que o erro foi QUASE desfeito, pois embora ainda existam alguns erros nesse âmbito, não são os suficientes para me distraírem de forma a não conseguir entrar na estória.  

Não é uma leitura inesquecível, mas irei certamente dar seguimento à saga, até porque não me agrada a ideia de não acabar o que comecei.